2023-01-20
Em causa está a acusação da vereadora do CDS, Maria do Céu Marques, de que “houve uma clara intenção de obter um benefício”.
As adjudicações de serviços pela Câmara de Vagos à sociedade de advogados, da qual o atual presidente do PSD era sócio-fundador, foram, uma vez mais, escrutinadas em sede de reunião de Câmara, na manhã de quinta-feira.
A vereadora eleita pelo CDS-PP, Maria do Céu Marques, considera que “agora ficou clarinho o objetivo da escolha daquele concreto escritório de advogados” e que “que houve aí uma clara intenção de obter um benefício que agora está à vista de toda a gente”.
“Eu jamais imaginaria em 2014 que o senhor [presidente da Câmara de Vagos, Silvério Regalado] já estava com o olho no final do seu mandato e que, efectivamente, queria dar o salto”, acusou.
O presidente da Câmara, Silvério Regalado, recordou o argumento que anteriormente havia apresentado de que “para contratar um gabinete de advogados é preciso ter confiança no gabinete de advogados”.
A centrista discordou e afirmou que “quando o senhor faz esse tipo de negócios com o seu dinheiro fará o que entender, quando se trata de dinheiro público não”, acrescentando que na política “nós não podemos agir como se tivéssemos a tratar da nossa vida”.
Silvério Regalado, em resposta, explicou que “temos que tomar decisões” e garantiu que “faço questão em gerir melhor os dinheiros públicos do que, às vezes, faço em minha casa”.
Quanto à legalidade das decisões tomadas, o edil desafiou a vereadora da oposição a realizar uma queixa junto das autoridades competentes, se desconfia que estes contratos “têm alguma ponta de ilegalidade”, recordando que a oposição já o fez antes e que nada foi concluído.